Um dos grandes nomes da história da indústria musical, o empresário britânico Chris Blackwell, fundador da Island Records, foi homenageado em Londres no dia 8 de novembro quando recebeu o prêmio A&R Icon no MBW’s A&R Awards.
Blackwell, de 85 anos, recebeu o prêmio na presença de mais de 500 executivos, artistas e empresários da indústria musical no A&R Awards 2022, em uma cerimônia realizada em associação os lendários estúdios Abbey Road.
Chris Blackwell trabalhou com grandes nomes da música mundial ao longo de sua carreira como Bob Marley, U2, Steve Winwood, Cat Stevens, Grace Jones, Roxy Music, Nick Drake e John Martyn.
A premiação reconhece em Blackwell seu extraordinário histórico de desenvolvimento de artistas, bem como sua influência duradoura no negócio global da música.
Reconhecimento dos amigos da indústria musical
Bono, frontman do U2, banda a qual o lendário executivo contratou em 1980 e projeto o icônico grupo irlandês ao estrelato, se referiu a Blackwell como “um aventureiro, um empresário, um bucaneiro, um visionário e um cavalheiro”.
David Geffen, que fundou a Geffen Records disse: “Não consigo pensar em ninguém mais merecedor deste prêmio do que Chris. O que ele fez pelo mundo da música e do reggae em particular é surpreendente. Ele é um pioneiro”.
Jerry Moss, que fundou a lendária gravadora A&M Records juntamente com o trompetista Herb Alpert, do Tijuana Brass, disse que “Chris Blackwell alimentou as carreiras de alguns dos artistas mais interessantes do mundo”.
Já o fundador da gravadora Virgin Records, Sir Richard Branson acrescentou: “Chris Blackwell teve uma profunda influência na indústria da música [e] ajudou a desenvolver alguns dos artistas mais lendários do nosso tempo. Ele desafiou a indústria da música e suas contribuições são imensuráveis. Ao meu querido amigo de toda a vida – muito bem!”.
Paul McGuiness, que administrou o U2 entre os anos de 1978 e 2010, acrescentou: “Foi muito difícil conseguir um contrato de gravação para o U2. Todos os majors haviam passado quando Chris Blackwell, do Island, nos ofereceu um contrato em 1980. Em retrospecto, fomos extremamente afortunados por estar com uma gravadora independente que deu tempo para a banda se desenvolver. Demorou até o terceiro álbum para ter sucesso nas paradas, embora estivéssemos indo bem na estrada. A associação com a Island sempre foi legal. Sempre houve muito respeito mútuo entre a gravadora e a banda. Sua rede de licenciados independentes me ensinou como o mundo funciona. Queríamos ser grandes em todos os lugares. Quando a gravadora foi vendida para a PolyGram (que em 1998 se tornou a atual Universal Music Group) foi bom ter a chance de se infiltrar em uma grande corporação. Chris continua sendo um querido amigo meu e dos caras da banda.”