E a onda das vendas de catálogos por parte dos artistas segue a todo vapor na indústria musical. Desta vez foi o lendário roqueiro Bruce Springsteen que negociou todo o seu ativo discográfico para a Sony Music Entertainment (SME) por algo em torno dos US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões no câmbio atual).
A negociação firmou a maior venda de um catálogo musical da história – pelo menos por enquanto.
Springsteen, que conquistou o mundo com os seus clássicos Born To Run, Dancing In The Dark e Streets Of Philadelphia, superou Bob Dylan em termos de negociação de vendas de direitos fonográficos: o poeta do rock negociou todo o seu catálogo em dezembro de 2020 por US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão), sendo, então, a maior aquisição da história.
Vale lembrar que outros grandes nomes do rock como Tina Turner, Red Hot Chili Peppers e Neil Young, também venderam seus catálogos.
Mas o que explica o motivo da venda de Bruce Springsteen de todos os direitos de seus álbuns, uma vez que é observado que o artista mantém um contrato de longa duração com a Columbia Records (ele assinou com a gravadora em 1972), lendário selo da Sony?
A aquisição de Bruce Springsteen foi oficialmente divulgada para a imprensa internacional somente agora, mas o cantor já se encontrava nesta negociação com a Columbia ao longo dos anos, em um modelo de renegociação de contrato, o que viabilizou a venda por parte do artista.
Desde seu álbum de estreia em 1973, intitulado Greetings from Asbury Park, N.J., Bruce Springsteen se tornou um dos artistas mais bem sucedidos da indústria musical com mais de 65 milhões de discos vendidos apenas nos EUA. Mundialmente, estima-se que ele tenha vendido mais de 150 milhões de álbuns.